quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vamos para a terra dos pés juntos?


"O tempo já não, os dias vêm com ansiedade e eu to morrendo de vontade"

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma brincadeira de infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade de nós mesmos, o tempo não perdorá. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se gosta. Saudade da pele,do cheiro, dos carinhos, das mordidas, dos toques, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam. Você podia ir para o dentista e ele para a trabalho, mas sabiam. Você podia está em Chapadinha e ele em São Luís, mas sabiam onde estavam. Você podia ficar sem vê-lo, e ele sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o Amor de um acaba, ou torna-se menor no outro. Sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Saudade é basicamente não saber, ou querer saber do que se passa. Saudade gostosa é uma saudade beeem grande, mas controlada!
Não quero saber o que fazer com os dias que ficaram mais longos, não quero saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento. Não quero saber como frear as lágrimas diante de uma música, não quero saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ele está mais belo.
Saudade é isso que senti (e sinto) enquanto estive escrevendo e o que você (deveria)
provavelmente estar sentido agora depois que acabou de ler.

"E eu que andava meio sem motivos pra sonhar, descobri quee não precisa de hora nem lugar"

0 reflexões sobre o texto: